Nada acontece como a gente acha que vai acontecer.
Cidades de Papel - Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia
Autor: John Green | Editora:Intrínseca | Ano: 2014 | Páginas: 368
Sabe aquele livro que desejamos tanto ler e quando enfim decidimos ler você fica quase que decepcionada com a história que encontra? Pois é, essa é a minha história com 'Cidades de Papel'. Eu vinha lutando contra a vontade de ler algum livro do famoso John Gree, por conta de toda a repercussão que 'A Culpa é das Estrelas' teve e eu preferi não fazer parte desse fã clube de loucos pelo John.
Porém, um de seus lançamentos me chamou muito a atenção por ter a capa tão bonita e ser um romance com aventura adolescente, pelo menos foi o que eu achei lendo a sinopse.
A história basicamente gira em torno de duas pessoas, Margo Roth e Quentin Jacobsen amigos de infância. Bem no início o autor volta ao passado nos relando uma cena onde eles dois ainda pequenos encontram um corpo de um homem morto, a experiência para Quentin foi traumatizante, já para a linda Margo foi magnifica e percebi logo de cara que eles eram totalmente diferentes.
O tempo passa e a amizade entre eles fica no passado e cada um encontra sua turma, como o esperado Quentin que é mais certinho é da turma dos Nerds, e Margo muito destemida se tornou uma das garotas mais populares da escola fazendo parte da turma dos Tops.
" Margo sempre adorou um mistério. E, como tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talves gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um."
Quando menos se espera, Margo surge para Quentin como antes, subindo pela janela de seu quarto parecendo um soldado do exército pronto para uma batalha em meio à uma selva, com o rosto todo pintado.. Margo não surgiu na janela de Quentin após anos atoa, estava ali com uma missão e queria sua ajuda dele, na verdade queria seu carro emprestado.
"E assim foi a vida naquela manhã: nada importava de verdade, nem as coisas boas, nem as ruins. Estávamos entretidos em divertir uns aos outros, e estávamos mandando razoavelmente bem."
Quentin achava que depois daquela noite tudo mudaria e que eles seriam novamente amigos como antes, infelizmente nada disso aconteceu. Margo fugiu de casa mais uma vez, depois de tantas fugas ninguém se preocupou de fato nem a própria família pois Margo havia se tornado uma adolescente muito rebelde e vivia fugindo mas quando menos esperavam ela retornava, porém para Quentin havia algo de errado desta vez. Quentin começa então a investigar e encontra pistas de Margo endereçadas a ele. A cada nova vista Q se desesperada por temer o pior.
"Fico de pé no estacionamento, me dando conta de que nunca estive tão longe de casa, e aqui está a menina que amo, mas que não posso seguir. Espero que seja esta a provação do herói, porque não ir atrás dela é a coisa mais difícil que já tive que fazer."
Q percorre um longo caminho até descobrir onde está Margo e quais eram os seus motivos para esse caça. A principio eu entendi perfeitamente quais as ideias de Margo e o seu proposito com esse joguinho, porém após refletir muito sobre quem de fato era Margo eu só consegui sentir muita pena e notei que os livros de John Green carregam mensagens tristes e depressivas, sinceramente não foi uma leitura muito agradável principalmente pelo o final.
"Uma cidade de papel para uma menina de papel. (…) Eu olhava para baixo e pensava que eu era feita de papel. Eu é que era uma pessoa frágil e dobrável, e não os outros. E o lance é o seguinte: as pessoas adoram a ideia de uma menina de papel. Sempre adoraram. E o pior é que eu também adorava. Eu tinha cultivado aquilo, entende? Porque é o máximo ser uma ideia que agrada a todos. Mas eu nunca poderia ser aquela ideia para mim, não totalmente."
É muito difícil ir embora - até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.
0 Comentários