Resenha | A Herdeira, de Kiera Cass

Eu sou Eadlyn Schreave. E nenhuma pessoa é tão poderosa quanto eu.



No quarto volume da série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, descubra o que vem depois do “felizes para sempre”. Vinte anos atrás, América Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.


Editora: Seguinte | Páginas: 392 | Ano: 2015 | Gênero: Ficção | Romance 

Kiera Cass foi uma das autoras cujo os livros mais me surpreenderam ano passado, pelo o talento e intensidade das obras. A Trilogia A Seleção é uma das minhas queridinhas, inclusive aqui no blog tem a resenha do primeiro livro - A Seleção - quem quiser dar uma conferida é só clicar neste link aqui.

Mas, tenho que confessar que o livro “ A Herdeira “ está muito longe de causar o efeito da Trilogia - A Seleção, Elite, A Escolhida - porque é bem diferente, não possuí personagem intensos, sim alguns me emocionaram e gostei de um ou outro, só que A Herdeira por ter vindo de dois personagens que fizeram os leitores se encantarem em diversos sentidos era esperado mais, talvez tenha sido um erro.


Bom, passou-se 18 anos após " A Escolhida ", América formou uma família bem grande, e como é de costume o primeiro a nascer será o sucessor ao trono, sua primeira gestação foi de gêmeos ( casal ), e  o primeiro a nascer teria a sorte ou azar de governar Illéa. E por apenas 7 minutos de diferença foi Eadlyn Schreave a vir primeiro.

Eadlyn é um jovem de 18 anos, extremamente mimada e insensível, é difícil imaginar que ela veio de América. A personagem não me cativou, está longe de conquistar meu coração de leitora, mas nem tudo está perdido, o livro terminou de uma forma tão chocante e reflexiva para a personagem que provavelmente no próximo livro ela terá atitudes diferentes e sensatas.

Neste livro a Seleção surge como um meio de entretenimento, este ponto me chocou pois não é do feitio de América e Maxon agirem desta forma, - pelo menos não a Américo e Maxon que um dia conheci - usar sua filha para entreter o povo que está muito assustado e insatisfeitos com as mudanças feitas, as castas foram banidas, mas o problema é maior que o imaginado, ainda há pessoas revoltadas querendo derrubar o governo, e Maxon acha que será bom para o povo e para a sua filha iniciar a Seleção, que como sabemos muito bem a anterior havia sido um sucesso, e assim a sucessora ocuparia o seu lugar tendo ao lado um homem que seja capaz de ajuda-la a passar por que esta por vir, mas muito além disso que tenha alguém que no final do dia faça todo o esforço ter valido á pena, e que obviamente seja esquecido com muito amor.

E chega a melhor parte,  A seleção de 25 garotos  e entre eles o futuro rei, é claro. 

Sinceramente o livro começou a ficar interessante quando a leitura ficou focando neles, como o livro é narrado pela Eadlyn, a narração é um saco, é deprimente ver o quanto ela gosta de passar na cara de todos que é da realeza e que tem poder sobre eles, por serem seus empregados.

(...) Seu nome algum dia aparecerá em um livro de história.Um moleque de dez anos entediado vai decorá-lo para a prova e depois esquecer tudo a seu respeito. Você tem um emprego, como qualquer pessoa, como qualquer outra pessoa. Pare de agir como se ser rainha fizesse de você alguém melhor ou pior que os outros.

Não irei falar muito sobre a seleção, porém gostaria de deixar claro quem é o meu escolhido e dar destaque sobre alguns deles, é difícil dizer com precisão quem será o escolhido de Eadlyn, como eu já disse ela é uma garota muito complicada e igualmente confusa como América, mas é basicamente a mesma história escrita de uma forma diferente, e não foi somente eu que fiz está observação, depois que eu postei está resenha no Skoob, li algumas outras resenhas e vi que nossas opiniões se coincidiam.

Chega de comentar os pontos negativos do livro, há bons personagens e falarei um pouco sobre cada um deles.

Fox Wesley, é um jovem humilde,  sempre viveu entre os mais pobres, foi abandonado pela a mãe quando o seu pai ficou seriamente doente ele teve a ideia de se inscrever para ajudá-lo a se recuperar, mas não pensem que foi somente pelo o dinheiro, ele quer ter alguém especial a seu lado e ver em Eadlyn uma possibilidade e queria lhe dar está chance de se envolver, de tentar.

(...) Tenho assistido a senhorita a minha vida inteira, e sempre te achei tão esperta e linda. Não sei se tenho a menor chance de ser escolhido...mas pelo menos tinha que me inscrever. Não sei. Só pensei que, se chegasse até aqui, daria um jeito de mostrar que valeria a pena me dar uma chance.

Já Kile Woodworkcresceu entre os corredores do palácio por ser o filho de Marlee, quem se lembra da loira Marlee que um dia foi uma selecionada? Ela teve dois filhos e ele é o filho mais velho. Kile não se inscreveu para ser um selecionado, mas misteriosamente sua inscrição apareceu entre a tantas e por sorte/azar foi selecionado no sorteio. Eadlyn cresceu ao lado de Kile, e nunca o imaginou ao seu lado como um namorado imagine como seu futuro marido, e fica super brava por este incidente, mas  aos poucos Eadlyn percebe que foi melhor assim, ter Kile ao seu lado nos piores e nos melhores momentos da seleção conforta seu coração, e até fica difícil não se envolver, afinal ele é um selecionado e o mais próximo.

Bom, eu disse que havia três com o potencial a ser o futuro rei de Illéia, faltou o carismático Henri, um jovem com sotaque filândes, que infelizmente não sabe inglês e por isso é acompanhado por interprete chamado Erik, que traduz á ele o que se é dito e transmite a Eadlyn a sua palavra. Isso a faz pensar de inicio em dispensá-lo, pois se já difícil conhecer um desconhecido que fala sua língua imagine alguém que não sabe, a interação entre eles é praticamente impossível, porém ao longo da narração percebe que sua primeira impressão foi um erro,  o sentimento entre eles não poderia ser melhor.

Henri foi o personagem que mais me cativou entre os selecionados, desde a sua apresentação ao final do livro ele se mostrou ser diferente, ele tem um Q+, é superior aos outros selecionados, tirando Kile que leva vantagem, para mim ele é o mais próximo de ser o futuro rei, não digo isso porque ele consegue fascinar tão puramente, e sim porque ele é um rapaz apaixonado, apaixonado por Eadlyn. Ele mostra que se inscreveu por ela, somente por ela, mas tem em mente o quanto isso é importante e não somente para ele, ou para ela.

(...) Henri me envolveu como se eu fosse delicada, como se eu pudesse me desfazer se ele apertasse demais. E o beijo dele transmitia a mesma sensação, só que não mais por medo: era impulsionado por uma espécie de reverência. Um afeto quase insuportável de tão belo.

Eu vi no Skoob um comentário que dizia que ele é  um bom candidato, porém por sua falta ou impossibilidade de comunicação ele séria descartado brevemente, e tenho que deixar minha opinião a respeito deste detalhe, que tenho certeza que para a mente da Kiera podemos esperar tudo nestas seleções, e não é porque ele é meu favorito, só não acho que seja obvio que ele será descartado por simplesmente não conhecer a língua inglesa, pelo o contrário, acho que ele é um candidato forte e provavelmente seja um dos finalistas. Kiera fez dele, entre os 25 garotos, aquele apaixonado, o que ama a Eadlyn, isso me chamou a atenção pois foi deixado claro que ele a ama e que sabe onde está se metendo, apesar de ainda ser muito " inocente ", ele me lembra muito um certo príncipe que conquistou o coração de muitas leitoras e da sua escolhida,  não tentando similar as histórias pois tenho consciência que são diferentes mas tenho aquela impressão que conheço ele, e suspiro só de pensar que ele pode ser o queridinho das leitoras logo logo, pode não ser hoje pela existência de Kiel entre um dos fortes, mas vai acontecer. As pessoas vem o potencial naquele cujo há mais intimidade e afinidade, só que discordo totalmente deste raciocínio, eu li e reli a trilogia A Seleção nem sei quantas vezes por ter sido muitas releituras e posso dizer que conheço a forma de pensar da autora em relação aos romances, e o óbvio não faz o seu forte, o clichê muito menos.

Quando comecei a ler o livro, eu disse a mim mesma que não torceria para nenhum deles,  só que a Kiera tem uma escrita tão maravilhosa e fascinante que o livro de fato me conquistou, e me emocionou em algumas passagem, por exemplo, quando a Eadlyn descobriu que Fox era pobre, ela não tinha ideia e realmente se comoveu com ele e sua história, e foi a  primeira vez que vi ela se importar com alguém além de si mesma, por essas razões tenho em mente que esses três darão dor de cabeça nos próximos livros, mas não somente eles á outros dois envolvidos, mas não tenho total confiança que irão muito longe, até porque Eadlyn terá que escolher alguém, e tenho certeza que será aquele que mais mexer com o seu interior, e como eu já disse eles tem o potencial. 

Não sei o por quê, mas meu coração não quer fazer o desfecho desta resenha sem falar de um dos dois garotos que deixei de fora, bom então vou falar um pouco dele.

Hale Garner, um jovem que cresceu no melhor ambiante, apesar de os últimos anos ter se dado conta que tem que sujar as mãos para se obter o melhor, ele não hesita em botar a mão na massa para fazer o que gosta, fascinado por moda, sempre se veste impecavelmente, e foi um dos primeiros dos selecionados que chamou a atenção de Eadlyn, fazendo uma promessa de mostrar todos os dias que é digno da sua mão, e sério isso fez meu coração tremer por meio segundo, e é engraçado porque ele realmente faz isso todos os dias, dando uma prova do seu poder de conquista, mas com o decorrer da leitura seu papel ficou apagado, e por essas razões não o coloquei na lista do principais, ainda falta alguma coisa, alguma demostração que ele mexeu com os sentimentos dela, e só irei voltar atrás quando eu puder sentir o que ela sentiu, por isso tive que falar um pouco dele, é injusto eu ler um livro e focar somente nos que eu realmente acho que serão os finalista tendo um que esta encima do muro, então eu sinto que a resenha agora está completa.


Eadlyn é poderosa e em diversos momentos isso a deixou rabugenta, porém eu entendo, ela não cresceu no ambiente como o de América e Maxon, ela teve uma criação cheia de mimos e privilégios, e sei que a seleção irá mudá-la, pelo menos fara com veja o quanto está errada.

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