Resenha | The Burning World(Continuação de Sangue Quente), de Isaac Marion
Estar vivo é difícil. Sendo humano é mais difícil. Mas desde sua recente recuperação da morte, R está fazendo progresso. Ele está aprendendo a ler, a falar, talvez até a amar, e a população de mortos-vivos da cidade está mostrando sinais de vida. R quase pode imaginar em um futuro com Julie, essa menina que reiniciou seu coração - construindo um novo mundo a partir das cinzas do velho.
E então helicópteros aparecem no horizonte. Alguém está vindo para restaurar a ordem. Para silenciar todo esse barulho. Para retornar as coisas à maneira que eram, os bons velhos tempos de estabilidade e controle e os fortes comendo os fracos. A praga é antiga e ambiciosa, e os mortos nunca foram sua única arma.
Como você luta contra um inimigo que está em todos? O mundo pode realmente mudar?
Atria/Emily Bestler Books (7 de fevereiro de 2017)
Em 2016 nós obtivemos uma notícia que nos deixou felizes, que foi o lançamento de uma sequência para Sangue Quente de Isaac Marion. Titulado em "The Burning World" teria previsão para ser lançado até Maio de 2017. The Burning World chegou muito antes, em 7 de Fevereiro pela Atriabooks um selo da Simonandschuster.
Terminei de lê-lo e o que tenho a dizer inicialmente é que este livro é aquela sequência que não imaginávamos que precisávamos. Isaac Marion é mesmo um especialista em escrever histórias queridas.
Em The Burning World o universo que conhecemos no primeiro volume se expande e nessa trajetória de R' e Júlia conheceremos o universo apocalíptico de Isaac pela América.
R' esta em processo de adaptação, percebemos uma evolução mas também suas muitas dificuldades, uma delas se adaptar à vida novamente. Conforme a história de R' vai sendo reescrita o passado aos poucos retorna para assombrá-lo.
Antes do lançamento Isaac disse a seguinte frase:"A praga tem um hospedeiro muito mais perigoso do que os mortos."
É exatamente a mensagem de The Burning World, a arte da capa nos mostra isso perfeitamente, supostamente essas duas sombras de mãos dadas representam Julie&R' e essa porta em fundo um novo mundo é explorado conforme os personagens se aventuram pelo desconhecido. É preciso ter coragem para deixar para trás o que é considerado aconchegante e explorar o que supostamente é mais perigoso. Em novos caminhos a tudo pode se encontrar até mesmo a verdade, e essa verdade nem sempre é aquela que se quer descobrir.
Aquele universo romântico de Sangue Quente entra em conflito com a realidade, e conciliar um com o outro é uma tarefa bastante difícil. R' e Julie ficam mais distantes, cada um com seus conflitos internos, mas é interessante onde esse novo caminho os levam, a mensagem que fica é esperançosa porque a partir do momento que se para para observar quem esta ao ao redor percebe-se que não se é o único a esconder uma dor, essa percepção se torna difícil perante as angustias que carregam.
"A humanidade é uma família que você nunca pode perder. Aconteça o que acontecer."
Nunca se pode perder a esperança na humanidade, se for perdida a quem mais teremos?Temos que confiar e acreditar que um dia haverá uma salvação. A mensagem de Sangue Quente continua porém mais amadurecida e talvez de uma forma mais realista, existe uma esperança porém também há muitos sacrifícios.
Estou bastante ansiosa para ler The Living o terceiro e último volume que provavelmente será lançado ainda este ano, tendo a informação que os livros foram entregues juntos para a Editora. Nós esperaremos!
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