Em uma terra à beira da guerra, Shahrzad foi levada para longe do amor de seu marido Khalid, o califa de Khorasan. Certa vez, ela acreditou que fosse um monstro, mas a ter seus segredos revelados viu um homem atormentado pela culpa e uma poderosa maldição - uma que pode mantê-los separados para sempre.
Reunida com a sua família, que se refugiaram com o inimigo de Khalid, o Tariq, seu amor de infância, ela deveria estar feliz. Mas Tariq agora comanda as forças para destruir o império de Khalid. Shahrzad é quase uma prisioneira presa entre a lealdades que tem pelas pessoas que ama. Mas ela se recusa a ser um peão.
Enquanto seu pai, Jahandar, continua a jogar com forças mágicas que ele ainda não entende, Shahrzad tenta descobrir competências que lhe estão latentes dentro dela. Com a ajuda de um tapete velho esfarrapado e um jovem tempestuoso, mas sábio, Shahrzad tentará quebrar a maldição e se reunir com seu verdadeiro amor.
A Rosa e a Adaga, segundo e último volume de uma série baseada no clássico As Mil e uma Noites. Para quem ainda não conhece, o seu primeiro volume, A Fúria e a Aurora(Resenha) foi lançado pela Globo Alt.
Editora: Globo Alt - Número de Páginas: 364 - Gênero: Romance - Skoob
Em A Rosa e a Adaga a história de Shahrzad e Khalid continua e enquanto Khalid permanece no palácio buscando meios e estrategias para combater a miséria que se alastra por todo o reino, Shazi's se encontra reunida com a sua família, justamente com Tariq, em um acampamento com cavaleiros que pretendem acabar com o reinado de Khalid.
Nesta sequência Shahrzad se aventura por diversos caminhos em busca de uma esperança. Diante de tantos fatores que a mantém separada de Khalid e torna o amor que sentem impossível, Khalid e Shahrzar buscam força para lutar e se saírem vitoriosos em uma batalha próxima.
Shahrzad se mostra mais forte, inteligente e seu raciocínio rápido é eficiente enquanto tenta sobreviver entre inimigos. No acampamento conhecemos a sua irmã, Irsa. Ela é tão inteligente e carismática quanto Shazi's, e apesar de sua insegurança é uma personagem fácil de amar.
No palácio vemos mais dos personagens apresentados no primeiro livro: Despina, Jalal, e Rajput. Renée Ahdieh fez diversas revelações e infelizmente apesar da surpresa eu não senti que foi o suficiente, seus personagens são adoráveis demais e mereciam mais espaço e tempo para que nós os conhecêssemos mais profundamente. Khalid continua sendo o meu personagem favorito, apesar de suas dores de cabeça sua confiança e postura o torna um personagem mais maduro e digno de suspiros. Sua calmaria, inteligência e incrível habilidade em se preocupar com o seu povo e com as pessoas que ama o tornou um dos personagens mais incríveis que já conheci. Nunca me cansarei de admirá-lo.
Enquanto a narração nos aproxima de um grande final, Shahrzad movida por sua determinação em quebrar a maldição explora a magia que corre em seu interior após viajar a procura de um antigo inimigo de Khalid, sendo sua última chance em um mundo onde a magia existe ela é apresentada a Artan.
Artan é um jovem aprendiz pretensioso e apesar de pouco confiável decide ajudá-la a quebrar a maldição que aprisiona Khalid e o seu reino.
Quando Artan foi apresentado na narração eu o achei um personagem estranho, pois ele é mesmo estranho e maldoso com as pessoas, mas ao conhecer suas intenções se tornou o meu segundo personagem favorito deste romance. Ele é sarcástico, inteligente, forte e muito poderoso. É a esperança que tanto Shahrzad procurava e isso só significava uma coisa: Estava na hora de voltar para casa, estava na hora de voltar para os braços de Khalid.
"(...) Quando Shahrzad encontrou seu olhar, tudo ao seu redor se dissipou. Com a chuva veio um súbito impasse. Um momento de suspensão no tempo. Um par de olhos amber observava através de uma varanda. Não havia mais medo. Não havia mais preocupações. Seus joelhos já não tremiam. Seu coração estabilizou em seu peito. Em que momento de equilíbrio perfeito, ela compreenderia esta paz? Essas preocupações silenciadas sem esforço? Eles eram duas parte de um só. Ele não pertencia a ela. E ela não pertencia a ele. Nunca foi sobre a quem pertenciam. Era sobre pertencerem juntos. "
Mas, o final estava longe e quanto mais perto ele se aproximava a tensão aumentava, se o plano desse errado eu sinceramente não saberia como está história terminaria. Não. Eu sei, Renée não poupou meu coração e esteve muito perto de parti-lo em milhares de pedacinhos. O final de A Rosa e a Adaga foi um passeio perigoso em uma montanha russa de emoções. Há vingança, traições, verdades sendo reveladas sobre quem menos esperamos, arrependimentos e luto.
Os pontos mais positivos nesta sequência é a forma como Renée conseguiu evoluir seus personagens. Eles continuaram os mesmos, mas parece que haviam envelhecidos uns cinco, ou dez anos, e perceber este amadurecimento nestes personagens que foram introduzidos com idades tão inferiores em um romance de grande potencial me proporcionou uma sensação única. O amor entre Shahrzad e Khalid também amadureceu com o pouco tempo em que estiveram separados, é perceptível como esse amor transformou aquele menino-rei apresentado em A Fúria e a Aurora em um rei maduro e comprometido com o seu povo, sem deixar de dar amor a quem estava o apoiando e lutando ao seu lado.
A conclusão de A Rosa e a Adaga foi tão linda e emocionante que não tive como conter as lágrimas, mas não porque eu estava triste pelo o fim, essa tristeza não me afetou, eu chorei por ter ficado maravilhada com os sentimentos e a incrível história que Renée me apresentou. Um romance nunca termina, Shahrzad e Khalid serão para sempre aquele casal relembrado com um carinho especial. Renée Ahdieh conseguiu um lugar permanente em minha lista de escritores favoritos, espero muito por mais romances e tenho esperança que futuramente tenhamos mais histórias no reino de Khorasan.
"(...) Todas as coisas vêm com um custo. Todas as decisões que fazemos tem uma consequência."
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A Rosa e a Adaga
Continuação A fúria e a aurora
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