Resenha | Crimson Bound de Rosamund Hodge



Quando Rachelle tinha 15 anos ela era boa — aprendiz de sua tia e em um treinamento para proteger sua aldeia de magia negra. Mas ela também foi imprudente — abstraindo o caminho da floresta em busca de um modo de libertar o mundo da ameaça da escuridão eterna. Nesta jornada Rachelle é forçada a fazer uma escolha terrível que vincula-la para o mal que tinha a esperança de derrotar.

Três anos mais tarde, Rachelle deu sua vida para servir o Reino, lutar contra criaturas mortais em um esforço para expiar. Quando o rei ordena a guarda de seu filho, Armand — o homem que ela mais odeia — Rachelle força Armand para ajudá-la a encontrar a lendária espada que pode salvar o seu mundo. Como os dois se tornam aliados inesperados, eles descobrem conspirações de longo alcance, magia escondida e um amor que pode ser sua ruína. Em um palácio construído em uma incrível riqueza e segredos perigosos, Rachelle pode descobrir a verdade e parar a queda de noite sem fim?

Inspirado no clássico conto de fadas Chapeuzinho vermelho, o  Crimson Bound  é uma emocionante história de escuridão, amor e redenção.

Editora: Balzer&Bray/Harperteen | Ano: 2015 | Páginas: 448

Crimson Bound é o segundo volume de uma série inspirada em contos de fadas. Neste volume fui apresentada a uma versão muito interessante da famosa história de Chapeuzinho Vermelho, mas alerto se espera uma releitura dificilmente se agradará, é uma versão muito diferente.


O primeiro livro de Rosamund Hodge, Cruel Beauty, foi lançado no Brasil pela Novo Século com o título Beleza Cruel. Aqui no blog temos a sua resenha - aqui - e foi uma resenha muito deliciosa de fazer porque este foi um livro que eu gostei muito de ler, porém na minha opinião faltou mais alguma coisa para o seu final, talvez até uma continuação. É um livro que eu recomendo para quem aprecia a história de A Bela e a Fera apesar de ter sido só uma inspiração dá para se notar algumas semelhanças, inclusive para quem assiste a série americana Once Upon a Time irá notar perfeitamente. 

Enfim, Crimson Bound foi um livro que me fez amar e odiar por igual, nem sei dizer ao certo quais os meus sentimentos sobre está história, porque este é um enredo sombrio e até certo ponto frio, seus personagens são quase insensíveis e eu não consegui me afeiçoar muito a eles devido a este defeito, principalmente da personagem Rachelle que é rodeada por uma muralha tão extensa e super resistente que foi muito difícil prosseguir com a leitura. Admiro muito sua personalidade, sim é uma jovem forte e super determinada, raramente apresentou uma mente juvenil confusa o que estou acostumada a ver em muitos romances, e devido a tantas experiencias é algo que atualmente me desagrada muito, gostei de sua criação neste sentido.

Existe muitos elementos que desde o inicio conseguiram minha atenção. Rachelle é uma heroína  que uma vez foi uma menina ingenua e inocente. Desda forma foi atraída pelo o mal, endurecendo-a e transformado-a em uma matadora de aluguel. Graças a uma marca, Rachelle tem uma força sobrenatural, poder de cura além de agilidade e habilidades para luta acima do normal. 


Apesar da personalidade carrancuda dois jovens entram em sua vida. O primeiro é a certo ponto muito encantador, mas na minha opinião apesar de ser o típico jovem estereotipado não há nada de encantador no sentido para se admirar. O segundo é Armand, filho ilegítimo do rei, um suposto santo, aquele que Rachelle tem a missão de ser sua guardiã. 

Armand é um personagem bastante intrigante, é interessante como Rosamund criou um personagem com uma deficiência física para um destaque. Não vi problema nenhum no detalhe,  desde o momento que Armand foi apresentado em sua narração eu soube que ele seria o personagem cujo a minha atenção se voltaria, ele salvou está leitura. 

Armand e Rachelle são bastante parecidos, enquanto Rachelle é uma alma solitária perturbada, é dividida por ter uma divida que tem que pagar, e o Armand é um peão político que manobra seu caminho através de influencias. Rachelle e Armand juntos tornou tudo mais fascinantes, eles formam uma bela dupla.

É muito difícil entender o ponto de partida deste romance,  é preciso muito atenção pois Rosamund Hodge criou uma especie de folclore sombrio que atrai pessoas que posteriormente são marcadas e são obrigadas a cumprir com a missão de matar uma pessoa em três dias e se não o fizer, morrerá. Rachelle matou uma das pessoas mais importantes para a sua vida, em troca de própria vida e ela nunca se perdoará por isso. Infelizmente, quem o faz por temer à morte se torna um caçador e matar é a única missão, e isso aos poucos o torna um forestborn, como são chamados.

Diferente de Rachelle, o Armand não cumpriu o trato e como punição de um forestborn, teve suas mãos cortadas mas não morreu, e  com isso foi declarado um santo, todos esperam por sua benção. Só que Armand não é um santo e nem um anjo, todos são pecadores e em algum momento irão pagar por seus pecados, mas ele é engraçado e super compressivo tem o dom da calma e provavelmente mesmo sem querer tomará seu coração e em troca lhe dará um meio sorriso sincero como se isso não fosse nada pois não fora algo previsto, intencional.

Crimson Bound não é um livro romântico, mas o pouco que apresenta é o suficiente apesar de ser uma narrativa por hora confusa terminei por me envolver com essa lenda e seus mistérios, assim como a luta contra o tempo de Rachelle e Armand para solucionar seus problemas. Não posso dizer que cai de amores pelos os dois, mas vi nitidamente uma linda história apesar dos obstáculos e da frieza presente, eu vi dois jovens lutando sem ferramentas e isso foi a certo ponto emocionante e envolvente. No final pouca coisa mudou, a questão nunca foi alterar o que já estava escrito. Assim como no volume anterior, senti falta de mais informações, uma continuação. 

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