Resenha | O Visconde que me amava, de Julia Quinn


" Anthony deixou-se cair numa cadeira.. ainda assim sonhara com ela. "



Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva. Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele. Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração. Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.


Autor:
Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Páginas: 304
Ano: 2013


O livro " O visconde que me amava ", é o segundo volume da série Os Bridgertons da tão famosa Julia Quinn. Julia é perfeita com seus romances, e esse não fica para traz. Primeiramente li esse volume, então logo deixo claro que é um história única, todos os livros que compõem está série podem ser lidos fora da sequência.

Cada livro tem uma história que refere-se a um membro da família Bridgertons, uma aclamada família que possui um sobrenome nobre aos olhos da sociedade. 

O primeiro volume da série se chama " O Duque e Eu ",  que conta a história de Daphine a filha mais velha dos Bridgestons, onde Daphine apesar de toda sua falta de etiqueta acaba se casando com o um duque, o Hastings. Este livro é tão encantador quanto " O visconde que me amava " mas não tenho previsão para quando sua resenha será publicada aqui no CDL, e para que não fiquem perdidos irei falando um pouquinho sobre ele nesta resenha - sem spoiler - se houver necessidade. 



Em  " O Visconde que me amava " temos a oportunidade de conhecer um personagem que foi muito presente em " O Duque e Eu ", o Anthony Bridgeston. O irmão mais velho de Daphine. No primeiro volume ele foi um personagem totalmente diferente, digamos que nossa querida Julia Quinn para fazer este volume teve que modifica-lo, o deixando-o mais característico. 

No final do livro tem uma carta de Julia Quinn para os leitores que acompanharam a série deste do início, e estranharam a mudança - assim como eu - do personagem, onde passa de um rapaz com valores para um mais rebelde e mulherengo. Segui abaixo um trechinho:

(...) Ele era lindo, inteligente, e sempre conseguia tudo o que queria. Em outras palavras, um perfeito herói romântico. Mas não gosto de personagens perfeitos. A perfeição leva ao tédio e, em minha opinião, não constrói grandes romances. Por isso tomei uma decisão. Anthony ainda seria ser lindo e inteligente, porém não mais perfeito. E, desta vez, definitivamente não conseguiria tudo o que queria. (...)




Anthony tem 26 anos e é um visconde, se encontra no dilema de mudanças, a sociedade exige que ele forme uma família, e sua mãe quer vê-lo transformado e casado. Só que sua escolhida não é uma moça fácil de cair na sua isca, ele pode ser lindo, encantador e até gentil, só que a conquista será difícil .

Sua escolhida é a linda Edwina Sheffield, uma jovem de beleza angelical. Edwina Sheffied é uma escolha difícil para qualquer rapaz da alta sociedade, isso porque a sua irmã mais velha é a responsável pela escolha de seu futuro marido. Kate Sheffied avalia todas as opções e somente quem ela achar que realmente fará sua irmã feliz, terá uma resposta positiva.


Anthony Bridgerton é um libertino.Um libertino com I maiúsculo é jovem e imaturo. Ele se gaba das próprias proezas, comporta-se feito um idiota e se considera um perigo para as mulheres. Um Libertino com l maiúsculo sabe que é um perigo para as mulher.(Crônicas da sociedade de Lady Whistledown , 20 de Abril de 1814)


Anthony após ser apresentado a Kate Sheffied percebe que conquistar sua confiança não será uma tarefa fácil, pois Kate já não é uma jovem inocente e logo percebe sua estrategia e decide jogar pesado com Anthony  fazendo com que suas tentativas fracassem.

Eles ficam muito próximos por conta desse joguinho, e Kate presencia muitas de suas atitudes e apesar dele se mostrar ser um homem imaturo se dar conta que esteve errada sobre seus julgamentos. Enquanto isso Anthony se ver na mesma posição e quando menos  espera obtêm uma resposta positiva, porém tem uma estranha sensação e se questiona se é realmente o que quer para a sua vida. 

O Visconde que me amava, é um excelente romance de época, a escrita de Julia Quinn é totalmente viciante e seus personagens são admiráveis e dignos de risos prazerosos. Anthony é um libertino de classe e seu crescimento na narração é perceptível, apesar de ter sido um personagem que não me conquistou intensamente ele me fascinou por ter crescido e se transformando aos pouquinhos em um homem, assim como a sua mãe sempre quis e ele se negou a ser durante um bom tempo. Engraçado como apesar de ser algo que podemos ver em qualquer outro romance de época com personagens característicos Julia Quinn consegue acrescentar algo único, algo que só ela sabe a formula e sempre que eu leio algo sobre ela minha admiração por sua escrita, seus personagens só cresce.

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